12 de jan. de 2008

A "DECISÃO PROVISÓRIA"

Quando do início da semana, o engenheiro (perdoem-me desde já alguma falta de verdade à qual aqui o rapaz é alheio) anunciou as conclusões do estudo do LNEC, da qual a mais importante é sem dúvida que Alcochete é melhor opção que a OTA para a construção do novo aeroporto internacional de Lisboa, introduziu também na política nacional um novo conceito: A DECISÃO PROVISÓRIA. Se bem o percebi, disse que tal decisão ainda não é definitiva.
E eu pergunto: se o LNEC, uma instituição estatal cuja credibilidade é reconhecida pelo nosso primeiro, recomenda Alcochete, porque é que tal decisão não é ainda definitiva? O ministro Lino revelou a resposta à minha questão: a decisão é provisória porque ainda é preciso FAZER ESTUDOS, é preciso dar mais uns valentes milhares ou milhões de euros aos escritórios de profissionais libeirais que são peritos em fazer estudos cuja conclusão é definida no preciso momento em que tal estudo é encomendado. Quem não achou grande piada a esta provisoriedade da decisão
foi a comissária europeia Merkl, que ameaçou que se tal decisão não fosse rapidamente definitiva o estado português perderia direito ao subsídio de duzentos e tal milhões de euros a que teremos direito para tal construção... e o engenheiro deve ter pensado O QUE SÃO DUZENTOS MILHÕES NUM PROJECTO DE 14000 MILHÕES? Fora as derrapagens, acrescento eu...

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