16 de nov. de 2007

Isto tem passado despercebido...

Portuguesa Galp firma acordo estratégico com a Petróleos da Venezuela
O acordo visa o desenvolvimento de projectos conjuntos no sector energético e o estabelecimento de formas de cooperação entre as duas empresas.

A Galp Energia e a petrolífera venezuelana Petróleo da Venezuela (PDVSA) assinaram nesta terça-feira (2) um memorando de entendimento para a exploração conjunta de vários projectos no sector energético.

De acordo com comunicado divulgado pela Galp Energia, o acordo visa o desenvolvimento de projectos conjuntos no sector energético e o estabelecimento de formas de cooperação entre as duas empresas, incluindo a possibilidade de desenvolvimento de actividades de exploração, produção e abastecimento de petróleo e gás.

As empresas irão apoiar-se na partilha de informação e experiência relacionada com o desenvolvimento dos sectores energéticos de ambos os países e a promoção do intercâmbio de especialistas que prestem assistência técnica na execução de estudos e de projectos no sector energético em Portugal, na Venezuela e em outros países.

O referido acordo prevê ainda a identificação de oportunidades de negócio que permitam à empresa venezuelana reforçar a sua presença no continente europeu e que fomentem a cooperação conjunta, maximizando sinergias entre as actividades da PDVSA com outras empresas europeias do sector petrolífero.

Entre os projectos de curto, médio e longo prazo que serão estudados destacam-se a possibilidade de incorporar a Galp Energia em projectos de exploração e produção de petróleo em fase de operação que se encontrem a decorrer na Venezuela.

A Galp adianta no documento alguns dos projectos em causa, nomeadamente a Magna Reserva, que consiste na realização de estudos para a quantificação e certificação de reservas de petróleo na Faixa Petrolífera de Orinoco, com objectivo de aumentar a capacidade de produção anual dos actuais 3,3 milhões de barris para 5,8 milhões.

Já o Projecto Mariscal Sucre consiste no desenvolvimento de gás no offshore da Venezuela, e também a participação num terminal de liquefacção de gás natural que a PDVSA pretende instalar no Complexo Industrial Gran Mariscal Ayacucho.

Este acordo contempla ainda o possível investimento em armazenagem estratégica em Sines, para crude oriundo da Venezuela, com o objectivo de suportar as actividades de comercialização no sul da Europa.

O presidente da Galp, Manuel Ferreira de Oliveira, disse que o objectivo da empresa consiste em que a Venezuela se transforme num dos seus principais fornecedores de petróleo e derivados, e no futuro de gás natural liquefeito, representando até 30% das necessidades portuguesas de crude, o que corresponde a cerca de 60 mil barris por ano.

A Venezuela é o país do mundo ocidental com maior volume de reservas provadas, que se estimam, excluíndo a Faixa Petrolífera de Orinoco, em mais de 77 mil milhões de barris. Empresas como a Chevron, Total, Statoil, BP e ENI são hoje parceiras da PDVSA em vários projectos na Venezuela. As informações são do Diário Económico, de Lisboa.

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