Confesso que hoje sinto alguma nostalgia daqueles "augustos" que a rapaziada fazia nas Meadas, indo ocupar o espaço onde os cotas costumavam assar os cabritos. E chamo-lhe "augustos" porque por vezes as castanhas ou não existiam ou ficavam tão estorricadas que eram intragáveis... mas vinhaça havia sempre, do velho e do novo.
Vem isto a propósito duma reportagem que acabei de ver no Jornal da Tarde da SIC, sobre uma prova de castanhas e tinto que estão a fazer no Terreiro do Paço em que o "pé de microfone", um jovem agricultor daqueles sexagenários, logo aproveitou para dizer que estava "muito feliz por fazer parte deste invento" (leia-se "evento", nota de rapazola).
Que quererá dizer o homem: que inventaram o magusto? Não, caros amigos! É esta treta recente de chamar evento a tudo o que seja inauguração de loja, apresentação de livro ou afins, em que se comem muitos croquetes e a malta do jet-séptico faz muitas poses para as fotos das revistas do social com as vestes emprestadas pelos estilistas mais em voga.
Por favor não metam os magustos nisto!
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